(Nova York, BR Press*) - A história da psicologia clássica se concentra no estudo dos males que afetam a mente humana. Um dos mentores destes estudos é o neurologista austríaco, também conhecido como “pai da psicanálise”, Sigmund Freud. Foram seus estudos que popularizaram noções como inconsciente humano, mecanismos psicológicos de defesa e simbolismo dos sonhos. Entretanto, nos últimos cinco anos, com o advento da psicologia postiva – uma nova ciência que estuda os fundamentos da felicidade –, falar de Freud pode soar um pouco ultrapassado.
Fundada pelo doutor em Psicologia e diretor do Instituto da Felicidade Autêntica (Authentic Happiness), da Universidade da Pennsylvania, Martin Seligman, esta ciência estuda emoções positivas, caráter baseado na força interior e instituições “saudáveis”. Em outras palavras, Seligman parece ter descoberto que é possível ser (mais) feliz e manter uma estabilidade de emoções.
Mentalizando o bem
Após uma extensa pesquisa que considera diversos aspectos da vida em sociedade e a própria história da psicologia, Seligman estabeleceu uma drástica mudança no conceito de felicidade – que agora deixa de ser um estado e passa a se tornar um valor, que pode ser agregado ou não à vida do indivíduo. Para isso, é importante encarar os resultados da pesquisa e, em alguns casos, mudar comportamentos enraizados como o mais importante deles: o pensamento negativo.
Com o objetivo de promover avanços satisfatórios na qualidade da convivência social, que, segundo Seligman, é um dos maiores fatores de alteração do estado emocional humano, ele estabeleceu teorias sobre o ambiente ideal para o desenvolvimento de relacionamentos, tanto dentro do círculo familiar, como escolar ou de trabalho. Também, é importante ter uma lista de coisas boas que é possível fazer para si próprio e trabalhar para que a mente siga por um caminho positivo.
Os resultados de suas pesquisas são chocantes. “É necessário estar aberto para estabelecer uma concepção completamente nova de vida social e individual, para se apegar aos ensinamentos de psicologia positiva que é vista hoje, como uma espécie de ciência-religião”, explica Seligman.
(*) Conteúdo do jornal Extra USA, publicado nos EUA, e distribuído no Brasil pela BR Press.
08 novembro 2006
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